São Paulo, 23 de novembro de 2024

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22/04/2006

Produção industrial cresce na maioria das regiões

De acordo com levantamento do IBGE, a produção industrial apresentou, em fevereiro, resultados positivos em 11 das 14 áreas pesquisadas, na comparação com igual mês de 2005. Acima da taxa registrada em nível nacional (5,4%) ficaram: Amazonas (18,0%), Rio de Janeiro (9,9%), Pará (9,1%), Ceará (8,8%), Bahia (7,5%) e Minas Gerais (7,1%). Com crescimento abaixo da média nacional, São Paulo (5,1%), Região Nordeste (3,6%), Goiás (3,0%), Pernambuco (1,2%) e Espírito Santo (1,1%). Três locais apresentaram recuo na produção: Santa Catarina (-0,2%), Rio Grande do Sul (-1,3%) e Paraná (-7,4%).

Somados os dados dos dois primeiros meses, apenas duas regiões registraram taxas negativas, Rio Grande do Sul (-1,9%) e Paraná (-6,8%). As indústrias do Amazonas, com 11,9%, e as do Pará (10,0%) mostraram ritmo de crescimento a dois dígitos, apoiadas, sobretudo, nos desempenhos favoráveis de material eletrônico e de comunicações (televisores) e da indústria extrativa (minérios de ferro). Ceará (9,3%), Rio de Janeiro (7,8%), Bahia (7,0%) e Minas Gerais (6,1%) completaram o conjunto de locais com taxas superiores à média da indústria (4,2%). Os demais locais tiveram os seguintes resultados: São Paulo (3,4%), Pernambuco (2,9%), Região Nordeste (2,7%), Espírito Santo (2,3%), Goiás (2,2%) e Santa Catarina (1,1%).

Segundo o instituto, as áreas de maior dinamismo no primeiro bimestre do ano foram diretamente influenciadas por fatores relacionados à ampliação na fabricação de bens de consumo (duráveis e semi e não duráveis), ao desempenho positivo de setores produtores de bens de capital (itens associados à energia elétrica, informática e telefonia celular), e à fabricação de produtos tipicamente de exportação.

Em comparação com o índice do último trimestre de 2005, o acumulado para janeiro-fevereiro de 2006 assinalou aceleração de ritmo em nível nacional (de 1,3% para 4,2%) e em 12 dos 14 locais pesquisados. Esse movimento se deu de forma mais acentuada no Ceará (de -7,9% para 9,3%), Amazonas (de 1,9% para 11,9%) e Pará (de 3,9% para 10,0%).

Para o consultor de empresas Richard Dubois, Trevisan Consult, credita a alta na produção à confiança dos empresários na queda dos juros. “A queda nos índices de inflação, a facilidade de liberação de créditos e microcréditos e a recuperação salarial, por menor que ainda seja, são fatores que vêm colaborando sensivelmente para a alta do consumo. A indústria, por sua vez, acreditando no aquecimento do setor terciário, ampliou sua produção para atender a demanda desse modesto aquecimento. Além disso, existe grande confiança do empresário numa maior redução das taxas de juros em um futuro bem próximo. A comprovação são os números apresentados pelo estudo do IBGE”.

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