São Paulo, 21 de novembro de 2024

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13/05/2006

Empresas de aço inox se unem para reduzir custos

Há cerca de um ano um grupo de 10 empresas fabricantes de produtos em aço inox de Lambari (MG) se reunia pela primeira vez. Nascia então o “Projeto Aço Inox na região de Lambari”, que visava diminuir os custos das dez empresas de equipamentos em aço inox, em 11%, e aumentar as vendas, em 10%, até o fim de 2007.

Hoje as indústrias atuam juntas em momentos estratégicos e por iniciativa própria. “Negociando com uma transportadora que trazia matéria-prima para Lambari conseguimos cortar pela metade o custo do transporte”, comemora o empresário Elson Teixeira. A economia alcançada com a primeira entrega conjunta animou os empresários para outras ações comuns, com a negociação com um fornecedor de peças. Desta vez, a economia foi de 25%. “O projeto deu o empurrão e a gente embalou”, diz Elson Teixeira.

Juntos e com o apoio do Sebrae eles também já conseguiram junto ao Bradesco linhas de crédito especiais. O espírito de cooperação fez com que as indústrias dividissem até clientes. “Quando estou com muitos pedidos, entro em contato com outra empresa para me ajudarem. O importante é que a encomenda fique em Lambari”, ensina Teixeira. “O mercado não é mais o mesmo de 20 anos atrás. O empresário cabeça-dura pode até sobreviver, mas fica difícil crescer se não tiver união”, acredita o empreendedor de apenas 26 anos.

Teixeira faz parte de uma segunda geração de empresários do aço inox na cidade e comanda com sucesso, junto com o irmão, os negócios iniciados pelo pai. A empresa fatura hoje 12 vezes mais que há cinco anos. O número de funcionários aumentou de quatro para 30 e a modernização do maquinário também garantiu maior produção. “Começamos como todos, com equipamentos para laticínios. Depois expandimos para as áreas química e hidromineral. Agora estamos entrando no setor de cosméticos e vamos abrir uma empresa para fabricar móveis em inox”, conta o empresário.

A diversificação livrou a empresa da concorrência excessiva, já que são poucas as empresas brasileiras que fabricam equipamentos para mineração de água, por exemplo. Aumentar o leque de produtos também ajudou a diminuir o impacto das flutuações do mercado. “Há poucos anos o ramo de laticínio estava em crise e a demanda diminuiu. Agora já melhorou de novo”, relata Teixeira.

“O grupo cresceu bastante desde o começo do projeto, que não tem nem um ano”, avalia Débora Rabelo, coordenador do Projeto. Em 2005 a organização da produção e a gestão financeira receberam o apoio de consultores especializados. “Eles vão às empresas, orientam e passam tarefas para serem realizadas. Quem efetivamente aplica as orientações é o empresário”, explica Débora. Para este ano as consultorias continuam e o grupo também vai participar de feiras, uma oportunidade de ampliar mercado.

Fonte: Eliza Caetano – Sebrae

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