São Paulo, 24 de novembro de 2024

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10/06/2006

Ferramentarias de Caxias se unem para crescer

Há oito anos, um grupo de ferramentarias de Caxias do Sul (RS) se reuniu para fundar a Verfebras. Estimulados por um professor da universidade local, Rolando Vargas Vallejos, as empresas se associaram com o objetivo de se fortalecer.

A princípio existiam várias diretrizes, como fazer compras coletivamente de insumos e matérias-primas, dividir máquinas etc. Hoje, o que norteia o grupo é o desenvolvimento tecnológico. “Temos reuniões semanais nas quais discutimos vários assuntos pertinentes a moldes”, diz André Encarnação, gerente Industrial da High Tech, uma das empresas do grupo.

O gerente conta que escolhido um tema (projeto, por exemplo), todas as empresas preparam um seminário para apresentar às demais, expondo sua experiência, dificuldades e avanços. “Cada um apresenta um case de sua empresa”, diz, acrescentando que eventualmente é convidado um profissional de fora do grupo para realizar uma palestra. Das reuniões, não participam apenas gerentes e diretores, mas também os funcionários, assim como alunos da Universidade Caxias do Sul, que cede o espaço para as reuniões.

A participação dos alunos é considerada importante, até para mostrar aos estudantes de engenharia o que é o setor de matrizaria. Segundo André Encarnação, embora Caxias do Sul seja um dos principais pólos de ferramentaria do Brasil, ainda é pouco conhecido na cidade. “Temos em Caxias grandes empresas, como Marcopolo e Randon, e os estudantes só enxergam essas empresas, embora na minha opinião as ferramentarias ofereçam mais oportunidades para se iniciar na profissão de técnico ou engenheiro e, inclusive, crescer mais rapidamente”.

Ninguém parece saber ao certo quantas ferramentarias Caxias do Sul concentra. Alguns dizem 250, outros 300. André considera que existem 50 de médio e grande portes e cerca de 150 de pequeno porte. A Virfebras, que começou com seis empresas, atualmente é composta de oito empresas com média de 30 funcionários: High Tech, JR Oliveira, Metalúrgica Boeira, Coprima, CJN, Sildre, Inova e Sadel. E está aberta para novos associados. “O difícil é convencer as outras empresas a participarem da associação. A maioria é imediatista, quer saber o que ganha com isso, quando não acha que vai fechar quinze moldes em uma semana”, observa.

Para Juliano de Oliveira, gerente de Engenharia da JR Oliveira, um exemplo claro de conquista das empresas do grupo está na parte organizacional/administrativa. “Com a associação as empresas começaram a se organizar melhor, procurando melhorar vendo o que as demais tinham de melhor e foram se aprimorando para chegar a um bom patamar”, conta. “Todas ganharam, implementando práticas que tinham dado certo nas outras empresas”.

Para o futuro, as empresas da Virfebras têm planos de participar da feira Euromold, como expositor. Embora não seja o objetivo número 1 do grupo, a exportação é uma possibilidade. “Algumas empresas do grupo já exportaram, principalmente para filiais ou matrizes de clientes nacionais. Na verdade, hoje muitos moldes são importados. Temos de conquistar primeiro nosso mercado”, explica André, lembrando que regularmente o grupo tem visitado feiras no exterior.

Outro plano do grupo é montar um centro tecnológico coletivo. Membros do grupo visitaram associações no exterior, como a Ascam, da Espanha, que mantém um centro onde são realizados treinamentos para funcionários em modelamento, CNC etc. “Têm máquinas, fazem tryout de ferramenta; têm software, fazem codesign de peças automobilísticas”, diz André, lembrando que na Espanha a associação evoluiu noutro sentido. Algumas empresas se especializaram em nichos: uma faz apenas bucha e coluna (elemento da ferramenta), outra só faz porta-molde. “Em breve, pode ser interessante ter alguém no nosso grupo que faça porta-molde para todos”, diz. Para o gerente, esse pode ser um assunto de uma das próximas reuniões, com todos os participantes debatendo para se chegar a uma conclusão. E conclui: “Estando em grupo a gente conversa, conversando nascem coisas. Se cada um ficar apenas na sua empresa não se conversa, daí a chance de sair alguma coisa é menor”.

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