(24/03/2007) – Empresa 100% nacional, a MCS Engenharia está completando 25 anos de atividades. Completar esse quarto de século já seria um feito por si só, se além disso a empresa não atuasse num segmento dominado por multinacionais, o de CNCs. Mas a empresa de Barueri (SP) quer mais. Está lançando o CNC Proteo, no qual vem trabalhando há cinco anos, e que deve colocar a empresa em um novo patamar de concorrência com os produtos importados.
Nascida no período de reserva de mercado, a MCS sobreviveu à abertura encontrando nichos, trabalhando em parceria com fabricantes de máquinas especiais e de máquinas-ferramentas. “Nosso produto foi evoluindo ao longo desses 25 anos até chegar ao SX-570, hoje nosso carro-chefe”, conta Edson Casagrande, diretor da empresa.
Mas há cinco anos, a direção da MCS resolveu fazer uma aposta mais alta. Partiu para o desenvolvimento de um CNC inteiramente novo, começando do zero, desde reescrever o programa do software até a total reconfiguração do hardware. “Foi uma verdadeira revolução dentro dos conceitos que estávamos acostumados a trabalhar”, diz Casagrande.
O resultado já pôde ser visto em feiras anteriores, em uma versão de desenvolvimento. A versão comercial, consolidada, será apresentada apenas na Feimafe. Casagrande conta que estão em testes 50 equipamentos, a maioria em clientes e parceiros e 15 internamente. “Tivemos o cuidado de promover um longo período de testes para garantir a confiabilidade do produto. Para entregar aos fabricantes de máquinas um produto com a mesma confiabilidade que o SX-570 desfruta hoje no mercado”, analisa. “Foi uma luta grande. Mas estamos todos animados e satisfeitos, porque o resultado ficou muito bom”.
Totalmente digital, o Proteo tem CPU com dois processadores trabalhando em paralelo, um de controle e outro de comunicações, dsp e arm, respectivamente. Terminal de vídeo colorido de alto padrão de resolução. A parte de interface é inteiramente modular, com módulos de controle distribuídos.
Casagrande conta que a equipe de desenvolvimento teve um cuidado especial no cabeamento. Os cabos – todos especiais e onerosos – foram reduzidos ao mínimo, simplificando a ligação e oferecendo aos fabricantes maior facilidade de comunicação com os elementos da máquina. “É também de fácil configuração, permitindo aos fabricantes adequar o sistema ao seus projetos de máquina”, frisa.
Para Casagrande, o Proteo é um comando forte do ponto de vista tecnológico, comparável aos mais modernos do mercado mundial. “Rápido, potente, que oferece bastante facilidades em termos de tamanho de programa e operação amigável”, acrescenta.
A série Proteo conta ainda com a versão Míni, voltada para máquinas que teoricamente não poderiam contar com solução de automação. Essa versão já está equipando algumas máquinas especiais e, na Feimafe, estará equipando uma nova máquina. Esta versão já está sendo produzida em série e Casagrande acredita que o Proteo Míni permitirá à empresa um rápido avanço no número de equipamentos vendidos.
Desde o início de suas atividades a MCS já produziu cerca de 11 mil CNCs, que hoje equipam máquinas de cerca de 50 fabricantes de máquinas-ferramentas, de plástico, prensas, especiais e de prestadores de serviços de retrofitting.