A diretoria do BNDES aprovou a criação de linha especifica para apoiar a exportação de veículos leves de passageiros. Trata-se do BNDES-exim Pré-embarque Automóveis, que a partir de agora, permitirá o financiamento de até 55% do valor do compromisso de exportação assumido pela montadora. Anteriormente, o banco financiava até 30%.
Outra mudança é a redução do spread básico de 4,5% ao ano para 3,8% ao ano, desde que a montadora exportadora assuma o compromisso de aumentar ou manter o nível de emprego nas suas unidades industriais no decorrer do período de vigência do compromisso de exportação. Essa possível redução do spread básico incidirá exclusivamente sobre a parcela de 80% do crédito corrigido pela TJLP, além da remuneração do agente financeiro. Os restantes 20% do crédito serão remunerados segundo a variação do dólar americano, acrescido da Taxa de Juros Fixos Pré-Embarque (TJFPE), com spread de 3% ao ano, além da remuneração do agente financeiro
O compromisso de aumentar ou manter o nível de emprego deverá ser formalizado pelos representantes legais das empresas, acompanhado de relatório especial de auditores independentes comprovando o número médio de empregados no ano anterior, a ser encaminhado juntamente com a consulta prévia do pedido de financiamento..
A exportação deverá ser realizada no período de 12 meses. A amortização do financiamento será feita em parcela única no 15º mês, ou em três parcelas, nos 13º, 14º e 15º meses, a contar do início do prazo de compromisso de exportação.
As potencialidades da nova linha são consideradas excelentes, porque a modalidade anterior de financiamento, criada em setembro de 2005, já vinha obtendo grande receptividade das empresas exportadoras, com liberação de US$ 853 milhões em menos de um ano.
Competitividade – O apoio do BNDES à exportação de veículos leves de passageiros tem sido aprimorado para garantir competitividade ao parque industrial aqui implantado, levando-se em conta as distâncias dos principais centros consumidores no exterior e, conseqüentemente, as necessidades logísticas.
A manutenção da competitividade da indústria nacional também depende da capacidade de as montadoras instaladas no país atraírem investimentos direcionados a novas plataformas, porque a atualização tecnológica das linhas de montagem se reflete em toda cadeia produtiva, favorecendo a constante atualização da indústria de autopeças.
Considerando-se o volume demandado pelo mercado brasileiro, essas novas plataformas das montadoras só se viabilizam se forem voltadas também para o mercado externo, concorrendo com as subsidiárias instaladas pelas montadoras em outros mercados emergentes, como México, Leste Europeu, China, Coréia e Argentina.
Assim, a viabilidade das exportações de automóveis a partir do Brasil constitui parâmetro relevante como atrativo de novos investimentos no setor e para manutenção da competitividade da indústria nacional. O eventual deslocamento desses investimentos para países concorrentes resultaria em forte redução de empregos no mercado brasileiro.