São Paulo, 25 de novembro de 2024

Apoio:

Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio
Anúncio

17/09/2006

Desafios e oportunidades para o setor automotivo

Os principais “players” da indústria automobilística brasileira são unânimes em afirmar que é preciso reduzir a carga tributária dos veículos produzidos e comercializados no País para alavancar a indústria e evitar, assim, a perda da competitividade frente aos países da Ásia e Leste Europeu. Acreditam, ainda, que aumentar as vendas no mercado interno e introduzir novas tecnologias também são fundamentais para o futuro. Esta foi a tônica do Simpósio SAE BRASIL Tendências na Indústria Automobilística, realizado no último dia 4, em São Paulo.

Ray Young, presidente da GM do Brasil, listou o crescimento do mercado interno, a capacidade da engenharia brasileira e a inovação como as três maiores oportunidades para o País. “O Brasil tem nota 7 em competitividade e nota 8 em desenvolvimento de tecnologia acessível”, disse Young, que criticou os custos trabalhistas e tributários brasileiros. “No Brasil, 31% do valor do veículo é relativo a impostos. Nos EUA, esse número é de 6% e, na Europa, 15%”.

Mário Milani, presidente da Sogefi, concordou com Young e criticou o governo. “Falta vontade política”, disse , acrescentando que o maior gargalo é o preço em comparação ao poder aquisitivo da população. “O Custo Brasil chega a algo intransponível e a burocracia revolta qualquer um que produz no País”, completou. Milani foi palestrante no painel “Tirando os nós do mercado interno”, que contou com as participações de Flavio Padovan, diretor de Operações da Ford, Wilson Brício, presidente da ZF do Brasil, e do consultor David Wong.

O câmbio valorizado também foi motivo de amplo debate. Marcos Almeida, sócio-diretor da PriceWaterhouseCoopers, foi categórico. “Vamos ter de aprender a conviver com essa realidade”, afirmou ao mostrar um comparativo da atual situação de produção de veículos no Brasil, Europa e EUA. “O prognóstico não é dos melhores: a produção no Brasil não vai crescer muito e não chegaremos a 85% da capacidade instalada, o que seria o ideal”, afirmou.

A busca por soluções efetivas para toda a cadeia passa pelo relacionamento entre os “players”. Ricardo Santos, diretor de Compras da DaimlerChrysler, foi enfático ao afirmar que existem ineficiências e as empresas devem buscar melhorias no elo de relacionamento da cadeia. “Existe muito desperdício por falta de entrosamento entre fornecedores, por isso devemos olhar melhor a cadeia”, disse Santos que participou do painel “Novo terremoto na cadeia de suprimentos”, com Ricardo Reimer, presidente da Schaeffler América do Sul, Vagner Galeote, diretor de Compras da Ford, e José Helio Contador Filho, presidente da Visteon.

Já Letícia Costa, presidente da Booz Allen Hamilton, destacou o fato de que os custos brasileiros precisam ser melhorados para alavancar as exportações, frente ao câmbio valorizado. “O Brasil está lento na constituição dos acordos internacionais de livre comércio e precisa de um acordo mais estável e de longo prazo no Mercosul”, disse. Além disso, afirmou que o Brasil é um país com custo de engenharia baixo, mas não o “Least Cost”.

Investimentos em educação, pesquisa e desenvolvimento foram outros temas abordados como necessidades para o desenvolvimento do setor. “A engenharia brasileira chegou à maturidade, mas precisamos investir significativamente na educação e no ensino, formar mais engenheiros, especialistas, mestres e doutores”, destacou David Breedlove, diretor de Desenvolvimento do Produto da Ford.

Usinagem Brasil © Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por:

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Privacidade.