(03/03/2007) – O consumo mundial de ferramentas de metal duro se mantém em alta há três, com destaque para o ano de 2006. O desempenho positivo tende a se repetir em 2007, na opinião de Jacob Harpaz, presidente mundial da Iscar, que esteve no Brasil em fevereiro.
Ressaltando as dificuldades de se fazer previsões sobre o comportamento do mercado, Harpaz avalia que as perspectivas são de expansão pelo menos no primeiro semestre de 2007. “A julgar pelos dois primeiros meses, a tendência de crescimento se mantém”, diz.
Harpaz informa que a Iscar alcançou as metas de crescimento propostas para 2006. “Crescemos o que havíamos imaginado”, informa, preferindo não informar o índice exato. “Foi na casa dos dois dígitos”, afirma, diante da insistência dos repórteres.
Em sua opinião, vários fatores têm contribuído para o crescimento mundial do consumo de ferramentas. Destaque para a indústria automobilística, o principal consumidor de ferramentas de corte, que no ano passado cresceu bastante em importantes mercados, como EUA, Índia, Coréia e China. Estão também em ascensão os setores aeronáutico, de geração de energia e de máquinas-ferramentas. Outro fator importante é o aquecimento do mercado chinês, indiano e do Leste Europeu.
Quanto às ações da empresa visando atingir a liderança do mercado mundial de ferramentas de corte, Ilan Geri, novo vice-presidente mundial de Marketing da Iscar, lembra que existem duas maneiras de se atingir a liderança. Primeiro: oferecendo produtos e soluções inovadoras, bons serviços e muito trabalho – o que a empresa tem cumprido à risca. A outra maneira de se atingir esse objetivo é através da aquisição de empresas.
Nesse segundo ponto se encaixa a compra de 80% das ações da Iscar pela Berkshire Hathaway Inc., do multimilionário Warren Buffett, ocorrida em maio passado, embora desde essa operação a Iscar não tenha realizado nenhuma compra.
Geri lembra que o novo grupo controlador do capital não tem interferido no gerenciamento e manteve todo o staff da empresa. “Aliás, a única mudança é que passamos optar pelas marcas Coca-Cola e Gillette”, brinca, numa referência a duas das principais empresas em que a Berkshire tem participação acionária. “Acreditamos que Warren Buffet fez um grande investimento”.
BRASIL – Embora o mercado brasileiro não tenha acompanhado o crescimento mundial, Harpaz se diz satisfeito com o desempenho da marca no Brasil. “A empresa cresceu muito nestes 10 anos de operação no País”, destaca. Para 2007, o executivo se diz confiante num desempenho melhor, em especial pelas perspectivas abertas nos setores aeronáutico e de etanol, que têm crescido bastante, além do setor automotivo.