(28/02/2021) – Em lançamento global e online, realizado na última quarta-feira (24/02), a ABB revelou ao mercado a expansão de seu portfólio de robôs colaborativos, os chamados de cobots. De acordo com a companhia, os cobots são tendência e devem transformar os locais de trabalho.
Os novos cobots – GoFa e SWIFTI – são baseados no YuMi, primeiro robô colaborativo do mundo, lançado pela ABB em 2015. A intenção da companhia é a de que os lançamentos, mais ágeis e fortes do que os modelos anteriores, acelerem a expansão da robótica em segmentos promissores como os de eletrônicos, saúde, bens de consumo, logística, alimentos e bebidas, entre outros.
De fácil instalação, os robôs colaborativos foram projetados intuitivamente para que a operação não dependa de especialistas em programação. Segundo a ABB, a nova geração de cobots é bastante acessível para indústrias com níveis mais baixos de automação, já que a operação não demanda qualquer especialização.
A expansão do portfólio de cobots tem o objetivo de acelerar a automatização em meio a quatro megatendências que, segundo a ABB, estão transformando os negócios e impulsionando a automação em novos setores da economia: consumidores individualizados, escassez de trabalho, digitalização e incerteza.
“Nosso novo portfólio de cobots é o mais diversificado do mercado, oferecendo potencial para transformar locais de trabalho e ajudar nossos clientes a atingir novos níveis de desempenho operacional e crescimento”, disse Sami Atiya, presidente da Área de Negócios de Robótica e Automação da ABB, no lançamento. O executivo destacou que a ABB conta com uma rede global de especialistas de plantão e serviços online para garantir que empresas de todos os tamanhos e novos setores da economia, além da manufatura, possam utilizar robôs pela primeira vez.
Tendência em automatização – Uma pesquisa global realizada pela ABB aponta que as empresas estão enfrentando dificuldades para a contratação e retenção de funcionários para tarefas repetitivas e ergonomicamente desafiadoras. Participaram do levantamento 1.650 empresas (de grande e pequeno portes) da Europa, Estados Unidos e China.
78% das empresas apontam que estão buscando a automação robótica para superar a escassez de mão de obra. O estudo também sugere que até o ano de 2030, 8 a cada 10 locais de trabalho vão aumentar o uso de robôs.
A maioria das empresas participantes, 84%, afirmou que vão ter um robô ou aumentarão o uso de automação e robótica na próxima década. A pandemia é vista como uma “mudança de jogo” para 85% das companhias, que apontam o novo coronavírus como um catalisador para investimentos em automação.
Outros indicadores da pesquisa: 43% das empresas afirmam que buscam a robótica para melhorar a saúde e a segurança no local de trabalho; 51% disseram que a robótica pode aumentar o distanciamento social; e 36% estão considerando o uso da robótica para melhorar a qualidade do trabalho dos funcionários.
No ano de 2019, mais de 22 mil cobots foram implantados no mundo, registrando um aumento de 19% em relação a 2018. A ABB estima que a demanda por cobots cresça 17% entre 2020 e 2025, com o valor das vendas globais saltando de US$ 0,7 bilhão em 2019 para US $ 1,4 bilhão em 2025.