São Paulo, 29 de abril de 2025

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06/05/2018

Fundições querem repassar aumento do preço da sucata

(07/05/2018) – A Abifa – Associação Brasileira de Fundição divulgou nota à imprensa para informar que os preços das sucatas de ferro e aço seguem onerando as fundições, que “pressionadas a não repassarem os aumentos praticados, diminuem a sua margem de lucro justamente no momento em que o mercado está se recuperando e, portanto, ainda muito sensibilizado com os legados da última crise”.

“Chegou a hora do repasse, pois chegamos ao limite”, disse Afonso Gonzaga, presidente da entidade. “Insumos como o ferro-gusa, sucata e energia sufocam o nosso setor. Precisamos de entendimentos com os nossos clientes, para a sobrevivência do mercado. Sendo o setor automotivo o comprador de 58% da nossa produção, entendemos a necessidade de buscarmos um acordo nesse sentido, para que continuemos a honrar os nossos contratos como fornecedores desta indústria”.

Tomando por base o índice Base 100 disponibilizado pela Abifa, entre o segundo semestre de 2017 e o primeiro quadrimestre de 2018 a variação dos preços das sucatas de ferro e aço já alcançou média de 37,9%.

No entanto, na prática há fundições que já sofreram com aumentos da ordem de 60% nos preços da sucata e de 50% do ferro-gusa.

Quando questionado a respeito, o Inesfa – Instituto Nacional das Empresas de Preparação de Sucata Não Ferrosa e de Ferro e Aço, alegou que “com a retomada do desenvolvimento da economia e o aumento da produção, vem momentaneamente ocorrendo um ajuste entre a geração e o consumo de sucatas ferrosas”. E que “estes preços tendem a se estabilizar, tão logo seja alcançado o equilíbrio entre a geração e o consumo de sucata, fato este que acreditamos estar próximo e refletirá na oferta e demanda”.

De acordo com a Abifa, outra questão apontada pelo Inesfa é que “o mercado interno é há décadas plenamente abastecido pelas empresas brasileiras do setor de comércio atacadista de sucatas ferrosas e não ferrosas”. Ou seja, não há desabastecimento, muito embora a demanda externa de sucata acabe refletindo nos preços ofertados por aqui, fazendo com que as próprias fundições importem sucata, por questões de custo.

Do lado das fundições, outro ponto colocado é que esses aumentos de preço tanto do ferro-gusa quanto da sucata são impostos com aplicação imediata. Um dos entrevistados ouvidos, que preferiu não se identificar, explica: “Nós temos que pagar imediatamente, ou seja, se não pagarmos, não recebemos o material, diferentemente das negociações que envolvem os produtos fundidos. Neste caso, é necessário abrir uma negociação, com comprovações que podem levar meses. Enquanto isso, as fundições arcam com o prejuízo”.

“Para amenizar estas variações, a sugestão desta fundição é que seja implantada no Brasil a cultura de surcharge, como acontece principalmente no Hemisfério Norte, em que as variações de preço das commodities são aplicadas automaticamente semestral ou trimestralmente, amenizando as variações mencionadas”, informa o comunicado da Abifa, acrescentando que “afinal, fundido não se vende por quilo. Trata-se de um produto com alto valor agregado, que deve ser negociado como tal”.

Fonte: Abifa

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