(*) Alfredo Ferrari
(21/01/2018) – Após um longo período de crises, políticas e econômicas, que provocaram a desindustrialização no país, o ano de 2017 demonstrou ter dado início, de forma tênue, uma recuperação na economia e em alguns poucos investimentos na indústria de manufatura. Isto se demonstra pela melhoria dos índices econômicos como a inflação e o PIB, além dos resultados positivos nas exportações. A aprovação da reforma trabalhista e a perspectiva da efetivação das reformas da Previdência, Política e Tributária, deixadas para 2018, também são fatores que estimulam o retorno da confiança do empresário para voltar a investir.
Se analisarmos a evolução do crescimento industrial, desde o início do século passado, vemos que há uma sucessão de ciclos de crescimento interrompidos e seguidos de quedas provocadas pelos mais diferentes tipos de crises: políticas, econômicas, nacional e internacional, sendo esta última exageradamente longa. Como não há mal que tanto dure, tudo indica estarmos diante do início de um novo ciclo de desenvolvimento e crescimento industrial.
É fundamental afirmar que, após todas as crises do passado, os seguidos períodos de crescimento foram marcados pela aplicação de novas tecnologias apresentadas nas respectivas épocas. E isto, seguramente, ocorrerá nos próximos anos no país. A implantação de modernas tecnologias nas empresas de manufatura irá alavancar o desenvolvimento e o crescimento industrial. Estamos diante de uma nova revolução industrial: a era digital. As tecnologias do momento, aplicáveis na indústria e que representam o estado da arte no mundo, poderão ser conhecidas na Feimec – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos que ocorrerá em abril próximo.
Apesar dos índices econômicos apontarem um pequeno crescimento em 2018, em face dos acontecimentos relevantes que deverão ocorrer, entre eles a eleição presidencial, esse ano exigirá muita luta e esforço de todos para se realizar a recuperação da indústria no país. A ordem é perseverar, pois tudo indica que um novo ciclo de crescimento da economia e da indústria já começou. E que seja duradouro.
Que venha 2018.
(*) Alfredo Ferrari é engenheiro mecânico, vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura da Abimaq. Esta matéria foi elaborada para o Canal de Conteúdo “A Voz da Indústria”