São Paulo, 22 de dezembro de 2024

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02/09/2017

Máquinas-ferramenta flexíveis e inteligentes


(*) Alfredo Ferrari

(03/09/2017) – A indústria de manufatura no setor metal-mecânico vem se desenvolvendo muito rapidamente nos últimos anos. Novos produtos vêm sendo introduzidos no mercado de forma intensa, com maior qualidade, visual mais atrativo, ótimo desempenho e muitas vezes produzidos de forma customizada, ou seja, atendendo o desejo de poucos ou até de um único consumidor. Esta evolução se deu graças à célere informatização da manufatura, através dos controles digitais aplicados às máquinas, equipamentos e sistemas de desenvolvimento de produto e de controle da produção. É a era da Manufatura Avançada dentro dos conceitos da Indústria 4.0.

A evolução da máquina-ferramenta foi decisiva para que a produção de peças se tornasse cada vez mais eficiente, produtiva e flexível. Com novos materiais, componentes e conceitos construtivos, que somados às modernas ferramentas de corte e à evolução da eletrônica e dos controles digitais, as máquinas-ferramenta passaram a ser completos centros de operações, com a finalidade de produzir peças das mais diversas geometrias por completo numa única fixação, desde as mais simples até as de elevada complexidade, eliminando assim operações posteriores. Como resultado, mais produtividade, menores custos de fabricação e maior qualidade.

Tornos que fresam, fresadoras que torneiam, retificadoras multioperacionais, centros de usinagem conjugados com equipamento de manufatura aditiva e prensas que cortam sem rebarba, são exemplos desta revolução tecnológica. Hoje, a diversidade de oferta de máquinas-ferramenta digitais, com base nos seus conceitos construtivos e nas suas capacidades operacionais, é enorme, sendo que a definição da aplicação ideal de equipamentos para atender a uma determinada necessidade de produção fica muito facilitada.

Dependendo dos trabalhos a serem realizados, as modernas máquinas-ferramenta podem ser aplicadas tanto de forma autônoma, como integradas em células de manufatura flexíveis, intercomunicando-se com outros equipamentos, como sistemas de carga e descarga de peças, equipamentos de controle de qualidade, máquinas de gravação, mecanismos para montagem, entre outros conjuntos necessários para a produção de bens duráveis.

A modernização do parque industrial brasileiro se fundamenta pela aplicação das modernas máquinas-ferramenta digitais, além dos avançados sistemas de elaboração de projetos do produto e dos controles da produção.

“A evolução tecnológica é inexorável e a sua aplicação é a garantia do progresso industrial“

(*) Alfredo Ferrari é engenheiro mecânico, vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura e vice-coordenador da Expomafe. Artigo elaborado para o Canal de Conteúdo “A Voz da Indústria”.

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