(*) Paulo Castelo Branco
(03/04/2016) – É alarmante que, embora o Brasil passe pela pior crise econômica das últimas duas décadas, o governo e o Congresso estejam paralisados, com suas atenções exclusivamente dedicadas aos intermináveis escândalos de corrupção. Os sinais de pane geral na economia – entre eles a inflação e o desemprego galopantes – deixam muito claro que o momento de reagir com assertividade e objetivos bem delineados já ficou para trás faz tempo. É preciso, agora, correr para evitar problemas ainda maiores.
Para a indústria, setor que nós, importadores de máquinas, estamos dedicados a fortalecer, a situação é mais preocupante. Isso porque, depois de anos de incentivos ao consumo em prejuízo da produção, os últimos governos brasileiros não só criaram a bolha que estourou em 2015 como prejudicaram seriamente a competitividade da indústria nacional, deixando-nos em um processo flagrante de desindustrialização e sucateamento das máquinas e equipamentos industriais.
Na origem de todos esses problemas está o fato de que o Brasil ainda não possui uma política industrial bem definida, que crie incentivos para nacionalizar a manufatura e equipar a indústria de forma decisiva para aumentar a competitividade.
Desta forma a Abimei considera que o caminho para iniciarmos um processo de recuperação rumo ao crescimento sustentável passa pelo fortalecimento da indústria nacional. Acreditamos que nossos governantes devam criar incentivos para a produção industrial brasileira tornando-a competitiva internacionalmente.
Além disso, com o intuito de ajudar da forma como for possível, a entidade se coloca à disposição para prestar assessoria gratuita qualificada a empresas que desejam investir em melhoria de competitividade.
(*) Paulo Castelo Branco é presidente da Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais)