(19/04/2020) – A Abemi – Associação Brasileira de Engenharia Industrial, que reúne mais de 40 empresas das áreas de engenharia, indústria de base, infraestrutura e logística, encaminhou aos ministérios da Casa Civil e da Economia e à Petrobras carta de apoio às medidas emergenciais adotadas contra o coronavírus. Na carta, sugere ainda uma série de ações que, no entender da entidade, seriam capazes de preservar empregos.
“É indiscutível que a prioridade hoje tem de ser a preservação da saúde e da vida das pessoas, e já adotamos medidas alinhadas com as recomendações das autoridades do país”, disse Gabriel Aidar Abouchar, diretor-presidente da Abemi, que colocou a entidade e suas associadas à disposição das autoridades para contribuírem com suas competências em engenharia e em outras áreas industriais.
De acordo com o executivo, o setor também está inquieto com os efeitos da pandemia na sociedade, nos negócios e na economia, sublinhando que ações imediatas devem ser executadas para reduzi-los. Preocupa a associação, inclusive, a própria não sobrevivência das empresas que ela representa, responsáveis pela manutenção, atualmente, de mais de 100 mil empregos no país.
Dentre as ações propostas pela Abemi, uma das principais é o adiamento das obrigações estabelecidas pelos planos de recuperação judicial de empresas, já que haverá dificuldade para cumpri-los dado o arrefecimento da economia. O adiamento opcional traria maior estabilidade às companhias e reduziria efeitos indesejáveis sobre os empregos e a atividade econômica.
A Abemi propõe ainda a retomada dos investimentos federais, estaduais e municipais em obras de infraestrutura e a suspensão da cobrança pelas instituições financeiras de empréstimos, garantias e seguros decorrentes de obras paralisadas. Defende ainda a abertura de conversações com a Petrobras sobre contratos e projetos de investimentos.
A entidade também sugere a suspensão ou readequação de pagamentos de tributos, o adiamento da cobrança do imposto de importação nos atos de desembaraços e a liberação do pagamento de precatórios federais, estaduais e municipais. Os valores seriam destinados à manutenção de empregos e investimentos por parte das empresas.